Como pegar um romance/hot/mistério em uma bagunça completa? O diretor conseguiu esse feito.
Esperei um tempo para poder assistir essa série, porque queria saber se haveria o anuncio de mais episodios. Pelo que tinha ouvido, apenas 6 seria muito pouco, mas a única coisa que veio foi o anuncio de uma proxima temporada. Me dei por vencidade e comecei a assitir.

Se você gosta de séries rápido, emboladas de tramas mal acabadas e um discurso problematico. Essa série é pra você.
No começo a série conseguiu me pegar. Virei cadelinha de Burguer e King, a virada de história sobre o romance deles é engraçada e até bem fofa, mas precisamos concordar que é um tanto perturbador. Sem entrar em muitos detalhes, achei um pouco forçado como tudo foi se desenvolvendo, além de todos os momentos de vergonha alheia.

Pontos positivos:
Gostei da música, juro que ficou na minha cabela e eu me via cantando enquanto almoçava.
Gostei das atuações, uma ou outra pecam, mas nada absurdo.
Os casais são criveis, mas forçados. Porém, não posso dizer que não gostei por completo. A discussão sobre um relacionamento tóxico e o fato de mudarmos nossas vidas para nos encaixar nas vontades do namorado, é bem importante já que muitas vezes esse problema é minimizado. Só que colocar um adolescente confuso e com o coração partido para se relacionar com um riquinho com complexo de "Dom" e cafetão? Jura que alguém achou que isso daria certo? Que pareceria saudavel? Isso pra mim não é discutível.

Pontos negativos:
Eu entendo o apelo de querer misturar um romace hot e fofo com crime e mistério. Juro que entendo. Até porque Elite e algumas séries estão ai para provar que isso funciona e muito bem. Porém, uma história tão fraca, com muitos pontos principais e com tão poucos episódios... Isso define o caos.

A vilanização das duas meninas que aparentemente nasceram para serem enganadas por garotos que estão se descobrindo gays e por isso elas se tornam intragaveis, é simplesmente desgastante e machista. Venhamos e convenhamos, isso é um cenário crível e particularmente comum. As pessoas podem sim descobrir sua sexualidade estando em outro relacionamente com alguém do sexo oposto ou do mesmo sexo. Então porque demonizar os meninos por isso? E principalmente, porque tornar as duas meninas tão malvadas? A ruiva, cujo qual nem quero lembrar o nome, é uma garota infantil e mimada que não sabe ter uma conversa básica para entender o que está acontecendo com o próprio namorado. A Pimtha é uma menina estilo "meninas malvadas" que foi tirada do papel de vitima (pela exposição do video) apenas pelo bel prazer dos roteirista, para apenas ter um conflito feminino entre as duas e torna-las não suficientemente inimigas dos caras, mas também entre elas mesmas. É como um dos personagens diz: "Porque ela teria inveja de você apenas por um papel em uma peça escolar?" Acho que é a parte mais sensata dessa série hahaha.
Um adendo a professora Jaqueline que é NOJENTA, nunca na vida pensei que veria falas tão tortas ditas de forma cotidiana e comum. Principalmente de um personagem que eu ACHO que é trans ou travesti. Já vi personagens que esse ator fez e a única coisa positiva desse é a atuação do proprio ator. Que conseguiu transformar minha admiração por ele, em nojo completo.

O último ponto é o desenvolvimento dos "casais". Não tenho nada contra o casal de BDSM que começou de forma duvidosa e explana o topíco de sadomasoquismo de forma errônea, mas sinceramente achei eles fracos. Não me apeguei e geralmente gosto de temáticas desafiadoras. Casal bem qualquer coisa, que poderia facilmente ter sido deixado de lado para que os outros pudessem se sobressair, mas não, o apelo do "fetish" sexual e das cenas hot falou mais alto na hora de botar o conteúdo em prática. A curta cena hot do começo, entre os namorados não assumidos da de dez a zero em qualquer outra desse casal ai.
King e Burguer também foram outros dois mal explorados e problemáticos. Querem enfiar goela a baixa de um personagem a orientação sexual, quando podiam ter trabalhado um desenvolvimento mais calmo e fofo para que Burguer percebesse que na verdade é bissexual e que também gosta de King, apesar da paixonite na guria la.
O último casal de irmão postiços daria um arco engraçado e até complexo em certo nivel, se não fosse a pressão em torna-los do nada enteresse romantico um do outro e o fato de terem pouco tempo de cena. Mesmo que no final do 6 episódio o mistério gire mais entre eles.

No mais Hit Bite Love até tinha potencial, se não fosse um bando de estereótipos chatos acumulados em uma serie adolescente. Não vi outros trabalhos desse diretor, mas pelo que li todos seguem o mesmo destino, por isso só me deixou com menos vontade de assistir mais. Vou esperar ansiosamente a 2 temporada, pois quero saber o que vai acontecer, mas esperao ainda mais que eles possam aproveitar essa oportunidade para corrigir os erros cometidos, fechando mais portas narrativas do que abri-las para que não tenhamos respotas alguma.

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