Esta resenha pode conter spoilers
A primeira série BL tailandesa fez história
Eu realmente amo essa série, e não me canso de assisti-la. Apesar dela ter inúmeros problemas no roteiro, problemas que são romantizados, é preciso situar a série historicamente e lembrar que ela é de 2014, inclusive é a primeira série com protagonismo BL da Tailândia, com um elenco extremamente jovem, e num contexto socio cultural muito diferente do nosso aqui no ocidente, digo isso pois muita gente no fandom procura cabelo em ovo na busca de motivos para militar!
A história, de uma forma geral, conta a história de dois adolescentes que se apaixonam: Noh e Phum. Noh tem um problema sério na contabilidade de seu clube escolar, pelo qual ele é apaixonado, e só quem pode resolver esse problema é o presidente estudantil, Phum, que para ajudá-lo acaba sugerindo que eles finjam ser namorados para que sua irmã mais nova (e fujoshi) possa ficar ao lado dele e peça ao pai para cancelar o tal casamento arranjado. Detalhe: os dois tem namoradas. Eles começam a perceber os sentimentos um pelo outro já no 3º ep, e o desenvolvimento da relação é bem construído, não tem muita encheção de linguiça e a cada ep os acontecimentos são interessantes. Existem várias histórias paralelas acontecendo, mas elas se interligam e não interferem no plot principal, achei isso excelente também.
Vamos às polêmicas:
1º Acho meio que sem noção que Pang, a irmã do Phum, bem mais jovem que ele, ser a única pessoa a quem o pai dá ouvidos para resolver assuntos sérios, sinceramente, poderiam ter encontrado uma outra desculpa para juntar os meninos. Também achei absurdo que em 2014 se estivesse discutindo um casamento arranjado entre famílias ricas, como se os filhos fossem mercadoria.
2º Plot de traição. Desde o primeiro momento, mesmo quando deveria ser fingimento, não foi levado em consideração que as namoradas estavam sendo traídas. Quando o relacionamento se tornou real, a responsabilidade afetiva foi com Deus, inclusive, até mesmo na cena em que Phum fala que não pode deixar Aim pois já dormiu com ela, fica claro que esse é o único motivo, pois os sentimentos dele já pertencem a Noh, e mesmo combinando de terminarem tudo ali, depois essa promessa é quebrada. As namoradas são as maiores cornas da história do BL.
3º O relacionamento visivelmente tóxico de Taengmo e Moan, onde ela acaba se submetendo a suportar um relacionamento onde não é respeitada e onde Moan não quer nada além de viver na bagaceira.
4º História de Jeed, que é um exemplo clássico da oprimida que se torna opressora. Ela apesar de pobre, consegue entrar numa escola de ricos, e como foi humilhada no início, faz de tudo para ser invejável. Quando consegue um namorado do colégio Friday, acha que tirou na loteria, mas ao descobrir que ele é pobre o trata como lixo, mesmo ela também sendo pobre.
5º Fandom tóxico de BL. É minha gente, Pang e suas amigas eram fãs de BL bem tóxicas, daquelas que se descobrem que o ídolo é próximo de alguma mulher, nem esperam pra saber se é parente, amiga ou namorada, já passam à odiá-la sem motivo nenhum. Não consigo ter certeza se esse plot foi colocado como forma de crítica, afinal ficou claro que Pang se interessou pelo ídolo e era correspondida, mas o importante é que o assunto foi mostrado. Também foi mostrado que o ship ChayPop fazia fanservice para agradar as fãs, mas fica claro que eles são apenas amigos, também não sei se foram inseridos na série para gerar uma reflexão ou para endossar o plot das fujoshi tóxicas que vão pagar com a língua, mas o fato é que eles representaram bem a ilusão das fãs.
6ª O uso de gays afeminados como estereótipos e alívio cômico. Embora a série mostre a luta que foi travada para que elas, apesar do preconceito pudessem atingir seus objetivos de serem líderes de torcida, ainda não considero a abordagem ideal.
Em relação aos aspectos técnicos, quero falar primeiro da atuação, que em muitos momentos deixou a desejar. Mas são todos adolescentes, a grande maioria em seu primeiro trabalho, e pra ser bem honesta, até meados de 2017, a atuação não era o foco principal das séries BL tailandesas... (que bom que isso mudou). Independente disso, o elenco tinha muita química, todos combinavam com seus papéis, e o casal principal tinha a tabela periódica inteirinha. A filmografia não é a melhor que já vi, a fotografia também é arcaica, mas a ost é uma das melhores da história, isso pra mim é indiscutível! Inclusive, a música Shake pra mim foi imortalizada, e já fez parte de mais duas séries (Reminders e Love by chance).
Eu passo pano para o final aberto, já que a série terminou informando sobre a segunda temporada, mas eu não teria problemas em rever essa série toda semana, tanto é o amor que sinto por ela. Quem ainda não viu, guarde um pouco do tempo para assistir a esse clássico!
A história, de uma forma geral, conta a história de dois adolescentes que se apaixonam: Noh e Phum. Noh tem um problema sério na contabilidade de seu clube escolar, pelo qual ele é apaixonado, e só quem pode resolver esse problema é o presidente estudantil, Phum, que para ajudá-lo acaba sugerindo que eles finjam ser namorados para que sua irmã mais nova (e fujoshi) possa ficar ao lado dele e peça ao pai para cancelar o tal casamento arranjado. Detalhe: os dois tem namoradas. Eles começam a perceber os sentimentos um pelo outro já no 3º ep, e o desenvolvimento da relação é bem construído, não tem muita encheção de linguiça e a cada ep os acontecimentos são interessantes. Existem várias histórias paralelas acontecendo, mas elas se interligam e não interferem no plot principal, achei isso excelente também.
Vamos às polêmicas:
1º Acho meio que sem noção que Pang, a irmã do Phum, bem mais jovem que ele, ser a única pessoa a quem o pai dá ouvidos para resolver assuntos sérios, sinceramente, poderiam ter encontrado uma outra desculpa para juntar os meninos. Também achei absurdo que em 2014 se estivesse discutindo um casamento arranjado entre famílias ricas, como se os filhos fossem mercadoria.
2º Plot de traição. Desde o primeiro momento, mesmo quando deveria ser fingimento, não foi levado em consideração que as namoradas estavam sendo traídas. Quando o relacionamento se tornou real, a responsabilidade afetiva foi com Deus, inclusive, até mesmo na cena em que Phum fala que não pode deixar Aim pois já dormiu com ela, fica claro que esse é o único motivo, pois os sentimentos dele já pertencem a Noh, e mesmo combinando de terminarem tudo ali, depois essa promessa é quebrada. As namoradas são as maiores cornas da história do BL.
3º O relacionamento visivelmente tóxico de Taengmo e Moan, onde ela acaba se submetendo a suportar um relacionamento onde não é respeitada e onde Moan não quer nada além de viver na bagaceira.
4º História de Jeed, que é um exemplo clássico da oprimida que se torna opressora. Ela apesar de pobre, consegue entrar numa escola de ricos, e como foi humilhada no início, faz de tudo para ser invejável. Quando consegue um namorado do colégio Friday, acha que tirou na loteria, mas ao descobrir que ele é pobre o trata como lixo, mesmo ela também sendo pobre.
5º Fandom tóxico de BL. É minha gente, Pang e suas amigas eram fãs de BL bem tóxicas, daquelas que se descobrem que o ídolo é próximo de alguma mulher, nem esperam pra saber se é parente, amiga ou namorada, já passam à odiá-la sem motivo nenhum. Não consigo ter certeza se esse plot foi colocado como forma de crítica, afinal ficou claro que Pang se interessou pelo ídolo e era correspondida, mas o importante é que o assunto foi mostrado. Também foi mostrado que o ship ChayPop fazia fanservice para agradar as fãs, mas fica claro que eles são apenas amigos, também não sei se foram inseridos na série para gerar uma reflexão ou para endossar o plot das fujoshi tóxicas que vão pagar com a língua, mas o fato é que eles representaram bem a ilusão das fãs.
6ª O uso de gays afeminados como estereótipos e alívio cômico. Embora a série mostre a luta que foi travada para que elas, apesar do preconceito pudessem atingir seus objetivos de serem líderes de torcida, ainda não considero a abordagem ideal.
Em relação aos aspectos técnicos, quero falar primeiro da atuação, que em muitos momentos deixou a desejar. Mas são todos adolescentes, a grande maioria em seu primeiro trabalho, e pra ser bem honesta, até meados de 2017, a atuação não era o foco principal das séries BL tailandesas... (que bom que isso mudou). Independente disso, o elenco tinha muita química, todos combinavam com seus papéis, e o casal principal tinha a tabela periódica inteirinha. A filmografia não é a melhor que já vi, a fotografia também é arcaica, mas a ost é uma das melhores da história, isso pra mim é indiscutível! Inclusive, a música Shake pra mim foi imortalizada, e já fez parte de mais duas séries (Reminders e Love by chance).
Eu passo pano para o final aberto, já que a série terminou informando sobre a segunda temporada, mas eu não teria problemas em rever essa série toda semana, tanto é o amor que sinto por ela. Quem ainda não viu, guarde um pouco do tempo para assistir a esse clássico!
Esta resenha foi útil para você?