Extracurricular é um drama sul-coreano com 10 episódios com 1 hora de duração, transmitido em abril de 2020. Foi produzido exclusivamente para a Netflix pelo roteirista Jin Han Sae.
A primeira impressão que temos é que Oh Ji Soo tem notas perfeitas, nenhum deméritos ou advertências, tornando-o assim o filho que toda mãe gostaria de ter. Porém, a família dele não poderia ser mais imperfeita, visto que foi abandonado e mora sozinho. O que restou para ele foi não ter grandes ambições, sua única intenção é se formar e ter uma vida normal, mas para isso ele precisa de apenas uma coisa para atingir todos os objetivos: dinheiro.
Ser o perfeito aluno nerd faz com que Ji Soo seja invisível, chato e longe de ser suspeito sobre o que realmente faz às escondidas. Mas é Gyu Ri, com sua popularidade, inteligência e jeito dissimulado que descobrirá que ele está escondendo um enorme segredo ao serem colocados no Clube de Problemas Sociais da escola. O mundinho calmo e bem recompensado financeiramente do garoto cai por terra quando ela rouba o celular que tem o aplicativo de proteção e agendamento para prostitutas.
Citação: "Ele é calmo e quieto, um bom exemplo para os outros. Um aluno exemplar que raramente causa problemas."
É preciso alertar que por mais que o drama não tenha cenas explícitas, aborda assuntos que vão de tráfico sexual, violência, síndrome do pânico, suicídio e críticas sociais relacionadas à jovens e adultos.
A chantagem e os problemas que aparecem dá uma reviravolta na trama e fica mais claro notarmos a verdadeira índole dos personagens. As meninas que Ji Soo "toma conta" sob o apelido de "tio" começam a correr perigo se ele não aceitar Gyu Ri como parceira nos negócios. Num primeiro momento achei a Gyu Ri com uma áurea bem sinistra, mas depois parei para pensar, vi que o Ji Soo não era totalmente inocente por mais que ele passe essa impressão com seu ar inocente.
E vai por mim, depois disso sua cabeça não vai parar de girar. Eu questionava todas as cenas. Em vários momentos senti que meu julgamento sobre as questões de moralidade abordadas estavam sendo testadas ao máximo. Por mais que eu me distanciasse continuava não sabendo que destino dar aos personagens já que envolvia vários tipos de crime. E quando me perguntava: "O que faria se fosse comigo?", a pergunta ficava sem resposta. Personagens imperfeitos com sua ambiguidade sempre trazem desconforto e temos isso de sobra dentro da trama.
O Sr. Lee é o adulto na situação, bem contraditório, aliás. No entanto, é ele quem protege as meninas e as tira de várias enrascadas, mas o modo como se importa muito com a Min Hee é bonito. E quando entendemos o motivo dela fazer o que faz é mais revoltante ainda, já que o motivo envolve o Gi Tae, o namorado ridículo dela. Relacionamento esse, que além de tóxico, é autodepreciativo. A relação complexa entre o Sr. Lee e a Min Hee com diversas vertentes: cafetão, cliente, funcionária e protetor não deveria inspirar tantos cuidados por parte de ambos, mas é. E novamente, a linha entre o certo e o errado volta ao debate, pois a amizade sincera deles é muito carismática.
Eu amo dramas escolares, mas não estava preparada para o que encontrei. "Extracurricular" passa bem longe do convencional, e foi bom esse diferencial. A proposta aqui é como os jovens solucionam seus problemas e quais meios escusos usam, onde a maioria tem uma vida fora do comum, falam palavrão, fazem bullying e são fanfarrões. A crítica social e o dilema moral são gritantes. Com certeza, nem todo mundo irá gostar devido ao sangue e violência gráfica, além de abordar a prostituição.
Creio que a possibilidade de escrever algo com um alcance internacional deu ao roteirista a "permissão" de inovar, algo que só conseguimos ver bem nos filmes coreanos, - pois eles mesmo consideram como um outro tipo de entretenimento -, nunca nos dramas que são politicamente corretos. Mas o escritor foi bastante consciente com um alerta de ajuda aos jovens que estiverem passando por algo parecido em todos os finais de episódio.
Assim como nos livros, sou apaixonada quando o título se relaciona com o conteúdo que encontramos. Extracurricular é tão cheios de nuances, sarcástico e intenso. Em nenhum momento soa desinteressante e ainda consegue mexer com o seu psicológico, pois cada episódio tem uma boa dose de apreensão e suspense.
Houve notícias de uma segunda temporada por insatisfação de alguns no modo como termina o último episódio, mas nada foi confirmado até agora. E gosto assim, pois adorei o final. No entanto, o roteirista Jin Han Sae foi novamente selecionado para escrever algo exclusivo para a Netflix. Ficamos no aguardo de que Glitch tenha um suspense tão bom e impactante como Extracurricular.
Se mesmo assim, você ainda está com receio/medo de assistir, indico que tente primeiro "Everthing and Nothing" no Kocowa, tem um tema parecido só que mais levinho. Porém, se for se aventurar, é uma boa escolha e não haverá arrependimentos.
A fotografia é bem sombria, o que dá a trama o que propõe desde o início a intensidade necessária. A música de abertura fica grudada na cabeça, além de outras músicas americanas que são inseridas em diversos episódios. E uma facilidade para aqueles que não estão acostumados com o idioma original coreano é que "Extracurricular" conta com dublagem desde sua estreia. Não há desculpa para assistir.
A primeira impressão que temos é que Oh Ji Soo tem notas perfeitas, nenhum deméritos ou advertências, tornando-o assim o filho que toda mãe gostaria de ter. Porém, a família dele não poderia ser mais imperfeita, visto que foi abandonado e mora sozinho. O que restou para ele foi não ter grandes ambições, sua única intenção é se formar e ter uma vida normal, mas para isso ele precisa de apenas uma coisa para atingir todos os objetivos: dinheiro.
Ser o perfeito aluno nerd faz com que Ji Soo seja invisível, chato e longe de ser suspeito sobre o que realmente faz às escondidas. Mas é Gyu Ri, com sua popularidade, inteligência e jeito dissimulado que descobrirá que ele está escondendo um enorme segredo ao serem colocados no Clube de Problemas Sociais da escola. O mundinho calmo e bem recompensado financeiramente do garoto cai por terra quando ela rouba o celular que tem o aplicativo de proteção e agendamento para prostitutas.
Citação: "Ele é calmo e quieto, um bom exemplo para os outros. Um aluno exemplar que raramente causa problemas."
É preciso alertar que por mais que o drama não tenha cenas explícitas, aborda assuntos que vão de tráfico sexual, violência, síndrome do pânico, suicídio e críticas sociais relacionadas à jovens e adultos.
A chantagem e os problemas que aparecem dá uma reviravolta na trama e fica mais claro notarmos a verdadeira índole dos personagens. As meninas que Ji Soo "toma conta" sob o apelido de "tio" começam a correr perigo se ele não aceitar Gyu Ri como parceira nos negócios. Num primeiro momento achei a Gyu Ri com uma áurea bem sinistra, mas depois parei para pensar, vi que o Ji Soo não era totalmente inocente por mais que ele passe essa impressão com seu ar inocente.
E vai por mim, depois disso sua cabeça não vai parar de girar. Eu questionava todas as cenas. Em vários momentos senti que meu julgamento sobre as questões de moralidade abordadas estavam sendo testadas ao máximo. Por mais que eu me distanciasse continuava não sabendo que destino dar aos personagens já que envolvia vários tipos de crime. E quando me perguntava: "O que faria se fosse comigo?", a pergunta ficava sem resposta. Personagens imperfeitos com sua ambiguidade sempre trazem desconforto e temos isso de sobra dentro da trama.
O Sr. Lee é o adulto na situação, bem contraditório, aliás. No entanto, é ele quem protege as meninas e as tira de várias enrascadas, mas o modo como se importa muito com a Min Hee é bonito. E quando entendemos o motivo dela fazer o que faz é mais revoltante ainda, já que o motivo envolve o Gi Tae, o namorado ridículo dela. Relacionamento esse, que além de tóxico, é autodepreciativo. A relação complexa entre o Sr. Lee e a Min Hee com diversas vertentes: cafetão, cliente, funcionária e protetor não deveria inspirar tantos cuidados por parte de ambos, mas é. E novamente, a linha entre o certo e o errado volta ao debate, pois a amizade sincera deles é muito carismática.
Eu amo dramas escolares, mas não estava preparada para o que encontrei. "Extracurricular" passa bem longe do convencional, e foi bom esse diferencial. A proposta aqui é como os jovens solucionam seus problemas e quais meios escusos usam, onde a maioria tem uma vida fora do comum, falam palavrão, fazem bullying e são fanfarrões. A crítica social e o dilema moral são gritantes. Com certeza, nem todo mundo irá gostar devido ao sangue e violência gráfica, além de abordar a prostituição.
Creio que a possibilidade de escrever algo com um alcance internacional deu ao roteirista a "permissão" de inovar, algo que só conseguimos ver bem nos filmes coreanos, - pois eles mesmo consideram como um outro tipo de entretenimento -, nunca nos dramas que são politicamente corretos. Mas o escritor foi bastante consciente com um alerta de ajuda aos jovens que estiverem passando por algo parecido em todos os finais de episódio.
Assim como nos livros, sou apaixonada quando o título se relaciona com o conteúdo que encontramos. Extracurricular é tão cheios de nuances, sarcástico e intenso. Em nenhum momento soa desinteressante e ainda consegue mexer com o seu psicológico, pois cada episódio tem uma boa dose de apreensão e suspense.
Houve notícias de uma segunda temporada por insatisfação de alguns no modo como termina o último episódio, mas nada foi confirmado até agora. E gosto assim, pois adorei o final. No entanto, o roteirista Jin Han Sae foi novamente selecionado para escrever algo exclusivo para a Netflix. Ficamos no aguardo de que Glitch tenha um suspense tão bom e impactante como Extracurricular.
Se mesmo assim, você ainda está com receio/medo de assistir, indico que tente primeiro "Everthing and Nothing" no Kocowa, tem um tema parecido só que mais levinho. Porém, se for se aventurar, é uma boa escolha e não haverá arrependimentos.
A fotografia é bem sombria, o que dá a trama o que propõe desde o início a intensidade necessária. A música de abertura fica grudada na cabeça, além de outras músicas americanas que são inseridas em diversos episódios. E uma facilidade para aqueles que não estão acostumados com o idioma original coreano é que "Extracurricular" conta com dublagem desde sua estreia. Não há desculpa para assistir.
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