Esta resenha pode conter spoilers
Divertido, mas será que alguém vai lembrar dele daqui 1 ano?
No Gain, No Love foi um dorama surpreendentemente divertido, principalmente porque soube levar seu lado cômico a sério. Apesar de tocar em temas mais pesados, como violência infantil e abandono, ele nunca perdeu o tom leve e manteve seu gancho cômico ao longo de toda a trama, o que é algo raro em doramas. Muitas vezes, as séries acabam mudando de gênero no meio para tentar cativar diferentes públicos, mas No Gain, No Love conseguiu manter a consistência e não desviar de sua proposta.
Agora, é claro que o dorama não foi isento de defeitos. A má atuação de Kim Youn Dae, o protagonista, me incomodou muito, especialmente em contraste com a atriz experiente Shin Minah. A química entre os dois era quase inexistente, e o personagem de Ji Uk carecia da profundidade que se esperava de um protagonista. Em muitas cenas, parecia que o resto do elenco estava carregando o peso do dorama.
Quanto ao desenvolvimento do protagonista, Kim Ji Uk, foi completamente decepcionante. A revelação de que ele era filho do CEO veio tarde demais e, para piorar, foi mal explicada. A "família" dele era tão irrelevante que aparecia sempre no mesmo cenário e não acrescentava nada à história. O drama parecia esquecer esse subplot de vez em quando, e no final, apressaram a resolução com ele sendo enviado para outro país. Isso claramente demonstra que os roteiristas não tinham ideia do que fazer com o personagem. Outro exemplo disso foi a revelação, de última hora, de que Ji Uk já havia sido adotado pela mãe da protagonista, algo que foi sim construído aos poucos desde os primeiros episódios, mas em nenhum momento foi abordado com clareza.
Quanto ao roteiro, tive a sensação de que ele foi construído com a atriz Shin Minah e sua personagem Son Hae Yeong em mente, e todo o resto, pareceu ter sido moldado em volta disso, algumas coisas soando até mesmo como um grande improviso. O enredo continha uma quantidade absurda de momentos que desafiam a lógica, exigindo uma suspensão de descrença constante. No entanto, Shin Minah é uma atriz com uma habilidade incrível para fazer coisas absurdas parecerem naturais, então, apesar do caos narrativo, ela trouxe uma leveza necessária que salvou muitas cenas. Sua escalação foi, sem dúvida, essencial para manter o dorama minimamente coeso.
No entanto, uma das melhores coisas no dorama foi a dinâmica dos relacionamentos, especialmente o casal secundário, Nam Ja Yeon e Bok Gyu Hyeon. Eles protagonizaram um clássico "enemies to lovers" com química incrível, merecendo muito mais tempo de desenvolvimento. Fiquei especialmente empolgada ao saber que eles ganharão um spin-off, embora seja uma pena que a história pareça ser diferente do original.
Outro ponto que gostei foi a inclusão de temas como adoção e a menção, ainda que sutil, de relacionamentos poliamorosos. Apesar de não terem sido abordados de forma profunda, trouxeram uma camada interessante à trama. Em resumo, No Gain, No Love é um dorama que, apesar dos defeitos, se manteve divertido e consistente, graças ao seu tom leve e cômico. Mas a questão é: será que alguém vai lembrar desse dorama daqui a um ano?
Agora, é claro que o dorama não foi isento de defeitos. A má atuação de Kim Youn Dae, o protagonista, me incomodou muito, especialmente em contraste com a atriz experiente Shin Minah. A química entre os dois era quase inexistente, e o personagem de Ji Uk carecia da profundidade que se esperava de um protagonista. Em muitas cenas, parecia que o resto do elenco estava carregando o peso do dorama.
Quanto ao desenvolvimento do protagonista, Kim Ji Uk, foi completamente decepcionante. A revelação de que ele era filho do CEO veio tarde demais e, para piorar, foi mal explicada. A "família" dele era tão irrelevante que aparecia sempre no mesmo cenário e não acrescentava nada à história. O drama parecia esquecer esse subplot de vez em quando, e no final, apressaram a resolução com ele sendo enviado para outro país. Isso claramente demonstra que os roteiristas não tinham ideia do que fazer com o personagem. Outro exemplo disso foi a revelação, de última hora, de que Ji Uk já havia sido adotado pela mãe da protagonista, algo que foi sim construído aos poucos desde os primeiros episódios, mas em nenhum momento foi abordado com clareza.
Quanto ao roteiro, tive a sensação de que ele foi construído com a atriz Shin Minah e sua personagem Son Hae Yeong em mente, e todo o resto, pareceu ter sido moldado em volta disso, algumas coisas soando até mesmo como um grande improviso. O enredo continha uma quantidade absurda de momentos que desafiam a lógica, exigindo uma suspensão de descrença constante. No entanto, Shin Minah é uma atriz com uma habilidade incrível para fazer coisas absurdas parecerem naturais, então, apesar do caos narrativo, ela trouxe uma leveza necessária que salvou muitas cenas. Sua escalação foi, sem dúvida, essencial para manter o dorama minimamente coeso.
No entanto, uma das melhores coisas no dorama foi a dinâmica dos relacionamentos, especialmente o casal secundário, Nam Ja Yeon e Bok Gyu Hyeon. Eles protagonizaram um clássico "enemies to lovers" com química incrível, merecendo muito mais tempo de desenvolvimento. Fiquei especialmente empolgada ao saber que eles ganharão um spin-off, embora seja uma pena que a história pareça ser diferente do original.
Outro ponto que gostei foi a inclusão de temas como adoção e a menção, ainda que sutil, de relacionamentos poliamorosos. Apesar de não terem sido abordados de forma profunda, trouxeram uma camada interessante à trama. Em resumo, No Gain, No Love é um dorama que, apesar dos defeitos, se manteve divertido e consistente, graças ao seu tom leve e cômico. Mas a questão é: será que alguém vai lembrar desse dorama daqui a um ano?
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