Esta resenha pode conter spoilers
Ideal coletivo x realização individual
Acho que esse filme põe em discussão um dilema de ideal coletivo versus o desejo individual daquelas personagens. As três personagem: o comandante da divisão, sua esposa e o soldado dedicavam suas vidas ao ideal de "servir ao povo". Todos os três tinham um senso forte de devoção as ideias do Partido. O comandante da divisão, destacado como herói por seus atos de bravura, a esposa que chamou a atenção do comandante pela sua apaixonada devoção aos textos políticos do Partido e o soldado que se destacava por sua dedicação e ética de trabalho inabalável.
Nesse processo de entrega ao idealismo político os três perdem algo individual no processo. O comandante, a virilidade ao ferir-se na guerra; a esposa, a liberdade (incluindo o direito ao prazer sexual no casamento) e o soldado a dignidade em nome de alcançar sua promoção.
Moo Gwang é escolhido para servir de cozinheiro na casa do Comandante da Divisão por sua dedicação inabalável. Contudo não esperava se tornar objeto dos desejos da esposa do Comandante, mas não é por acaso que a primeira vez que a Ryu Soo Ryeon chama o soldado Moo Gwang para seu quarto ela pergunta: "Qual o seu desejo?" ao que ele responde "servir ao povo" e ela torna a perguntar com mais ênfase "Qual o seu desejo?" Só então que ele revela que sua ambição de vida é ser promovido. O que sabemos também não é desejo dele visto que a promoção é algo requerido pelo sogro como condição para a realização do casamento de Moo Gwang com a filha dele.
A experiência sexual que os dois vivem a partir dali é uma total ruptura com o real fora daquela casa. Como se ali os dois pudessem ser totalmente livres das correntes psicológicas impostas com os ideais políticos e sociais. Quando por fim se dão conta que não conseguirão viver apartados do mundo para sempre eles decidem romper metaforicamente com os ideais que os aprisionavam quebrando os símbolos do Partido e prometendo um ao outro que nunca se esqueceriam um do outro (do momento de liberdade que viveram).
Depois dessa experiência vemos que o submisso Moo Gwang já não consegue seguir às ordens tal qual fazia antes. E a Ryu Soo Ryeon, ainda que quinze anos depois, consegue sua liberdade ao sair de casa e nunca mais ser vista.
Nesse processo de entrega ao idealismo político os três perdem algo individual no processo. O comandante, a virilidade ao ferir-se na guerra; a esposa, a liberdade (incluindo o direito ao prazer sexual no casamento) e o soldado a dignidade em nome de alcançar sua promoção.
Moo Gwang é escolhido para servir de cozinheiro na casa do Comandante da Divisão por sua dedicação inabalável. Contudo não esperava se tornar objeto dos desejos da esposa do Comandante, mas não é por acaso que a primeira vez que a Ryu Soo Ryeon chama o soldado Moo Gwang para seu quarto ela pergunta: "Qual o seu desejo?" ao que ele responde "servir ao povo" e ela torna a perguntar com mais ênfase "Qual o seu desejo?" Só então que ele revela que sua ambição de vida é ser promovido. O que sabemos também não é desejo dele visto que a promoção é algo requerido pelo sogro como condição para a realização do casamento de Moo Gwang com a filha dele.
A experiência sexual que os dois vivem a partir dali é uma total ruptura com o real fora daquela casa. Como se ali os dois pudessem ser totalmente livres das correntes psicológicas impostas com os ideais políticos e sociais. Quando por fim se dão conta que não conseguirão viver apartados do mundo para sempre eles decidem romper metaforicamente com os ideais que os aprisionavam quebrando os símbolos do Partido e prometendo um ao outro que nunca se esqueceriam um do outro (do momento de liberdade que viveram).
Depois dessa experiência vemos que o submisso Moo Gwang já não consegue seguir às ordens tal qual fazia antes. E a Ryu Soo Ryeon, ainda que quinze anos depois, consegue sua liberdade ao sair de casa e nunca mais ser vista.
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