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  • Última vez online: 5 dias atrás
  • Gênero: Feminino
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  • Data de Admissão: Novembro 28, 2021
The Atypical Family korean drama review
Completados
The Atypical Family
1 pessoas acharam esta resenha útil
by Sara
Jun 11, 2024
12 of 12 episódios vistos
Completados
No geral 8.5
História 8.5
Atuação/Elenco 9.0
Musical 9.5
Voltar a ver 6.0
Esta resenha pode conter spoilers

Senti falta dos 16 episódios

Logo de início já digo que o drama é bom, com um conceito bom, atuações boas e um bom desenvolvimento de personagens.
Acredito que o que me faz ficar relutante em dar uma nota maior, é que talvez não esteja acostumada com o ritmo de um drama de apenas 12 episódios. Isso fez com que eu sentisse que algumas coisas aconteceram rápido demais, ao mesmo tempo que outras se tornaram repetitivas, sendo resolvidas às pressas nos dois últimos episódios.

A premissa do drama é a seguinte: Uma família misteriosa, cujos membros possuem poderes, entra em contato com uma mulher misteriosa, que parece ser a chave para os problemas atuais da família.
Cada membro é diferente e interessante. Com seus traumas e dificuldades a serem superadas (dificuldades e traumas que os fizeram incapazes de usar seus poderes).

Sobre os membros da família Bok:

Bok Gwi-ju: Um dos maiores protagonistas do drama. Tem o poder de voltar no tempo, a partir de uma memória feliz de seu passado. Porém, não é capaz de alterar os fatos, sendo apenas um espectador. No entanto, ele se torna incapaz de usá-los após desenvolver depressão, visto que, após a perda da sua esposa e da incapacidade de salvar seu amigo, se vê em um profundo desespero e falta de perspectiva. Tudo isso começa a mudar a partir do momento em que a Da-He entra em sua vida, fazendo com que ele se apaixone por ela. Seus poderes começam não só a voltar, mas também a evoluir.

Do Da-He: Acredito que ela seja a protagonista principal, considerando que todas as coisas começam a se desenrolar com a sua chegada. No início, ela se apresenta como uma mulher inocente, doce e misteriosa. No entanto, se revela uma golpista, que vê em Bok Gwi-ju seu terceiro alvo. Seu plano (e o de sua família) é seduzir e casar com Gwi-ju, visando a fortuna da família Bok. Apesar de ter me sentindo bem desconfortável com seus avanços (que surpreendentemente deram certo, e bem rápido), era possível notar que no fundo, ela era uma mulher de bom coração. Inclusive, nós descobrimos que ela só estava aplicando golpes por conta da dívida de seu pai falecido à sua mãe postiça, que era uma agiota.

Bok Dong-he: A irmã mais velha de Gwi-ju. Ela tem o poder de voar, mas se torna incapaz de usá-lo por conta de sua obesidade. Dong-he é uma personagem muito interessante e com uma personalidade forte, que foi bem explorada. Ela se revelou muito perspicaz e inteligente, nunca se deixando enganar pela atuação de Da-he. A princípio, ela parece ser apenas obcecada por dinheiro, sem se preocupar com a família. Mas à medida que vamos conhecendo melhor a personagem, vemos que ela genuinamente se importa.

Bok Man-hm: A matriarca da família. Ela tem o poder de sonhar com o futuro, mas se encontra incapaz de utilizá-lo por conta de sua insônia. É através dela que Da-he consegue se introduzir no círculo familiar da família Bok. No início, ela gosta muito da Da-he (já que ela era a única que conseguia faze-la dormir) e tenta a todo o custo arranjar o casamento dela e Gwi-ju, alegando que ela era a salvação da família. Desde o primeiro episódio podemos ver que sua maior preocupação é manter sua linhagem e seus poderes "ativos". Não há muita coisa sobre o passado dela.

Eom Soon-gu: O pai da família. Ele não possui poderes (já que eles são passados pela linhagem da esposa). Desde o início se apresenta como um homem compreensivo e dedicado à família, principalmente à sua esposa. Não tenho muito a dizer a respeito dele.

Bok I-na: Filha de Gwi-ju e sua falecida esposa. A I-na é provavelmente a minha personagem preferida do drama. É uma menina de 13 anos que, no início, é extremamente isolada e tem uma péssima relação com o pai. Sabendo da obsessão da avó pelos poderes dos membros da família, esconde o seu, que é o de ler mentes ao olhar nos olhos das pessoas. Por conta disso, está sempre usando óculos e com a cabeça baixa. I-na teve um desenvolvimento de personagem excelente, e uma das melhores partes do drama foi ver a restauração de seu relacionamento com o pai.

Fiquei confusa em alguns momentos do drama, por conta das idas e vidas do Gwi-ju ao passado (tinham coisas que já eram passado pra Da-he, mas que ainda não eram pra ele). Mas a linha do tempo é bem construída e não deixa furos. O maior problema pra mim foi justamente a falta de tempo para o desenvolvimento de algumas coisas, principalmente de uma maior dinâmica familiar.
Achei que o relacionamento dos protagonistas evoluiu rápido demais, dadas as circunstâncias, enquanto outras coisas foram arrastadas até os últimos episódios, só para serem resolvidas às pressas. Isso fica gritante no tocante ao relacionamento da Da-He com sua mãe adotiva. Ela a grande vilã durante a maior parte do drama, tendo explorado a Da-he por meio de um contrato assinado no dia da morte do pai dela. No final, ela é simplesmente jogada como uma mulher que se preocupa genuinamente com a filha adotiva, após tantas situações que demostravam o contrário.

O final não me agradou muito. Nem sempre sou fã de time skips, que infelizmente é o caso aqui. O Gwi-ju fica 5 anos desaparecido após voltar no passado e salvar a Da-He, e volta literalmente no último minuto. Não entendi muito bem qual foi a real causa dessa volta, já que fica um pouco ambíguo se ele voltou por conta própria ou se seu filho (com a Da-he) o traz de volta. Caso seja o primeiro caso, é interessante pensar que o menino precisou nascer pra salvar o pai. Mas acho que pessoalmente preferiria ver eles como uma família feliz nos minutos finais (considerando que temos uma sensação de incerteza e ansiedade desde o início do drama).

O drama foi bom, mas não acho que foi um dos melhores do ano, como vi muitos afirmando. Gostaria muito que tivesse uma segunda temporada que explorasse devidamente a árvore genealógica e os poderes da família Bok. Acredito que se o enfoque fosse de fato o laço familiar, eu poderia ter gostado mais, já que mais pra frente, a sensação é de que isso acaba ficando em segundo plano e se apresenta sem o devido desenvolvimento. Não me entendam mal, eu gosto de um bom romance. O problema é que aqui, alguns plots foram perdidos em prol de outras dinâmicas.


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