Uma história de sacrifício, lágrimas, dor e suor... para os fãs de Yu Shuxin e Zhang Linghe.
Estou sendo bondosa dando 5.5 na nota geral desse drama.Sem spoilers, digo que é uma história que começa com um ótimo primeiro episódio, e então se perde em algum canto que não deveria ter se perdido. A proposta do drama foi destruída rapidamente. O roteirista não sabe o que quer, não sabe como conduzir, e o casal principal não é o principal. A única coisa que todos reclamam, e é o mais coerente, é o final.
Gong Ziyu e Yun Weishan tem tanta química quanto o casal secundário, Gong ShangJue e Shangguan Qian, o que não é muita coisa para nenhum dos lados, mas o casal secundário leva a melhor porque o roteiro escolhe destroçar o casal principal em prol deles, o que dá uma sensação de química melhor do que o casal principal (e não tem).
Há cortes de cenas de desenvolvimento e uma óbvia falta de vontade com os protagonistas Ziyu e Weishan. Quando você acha que está chegando a algum lugar, você volta ao ponto de partida, onde vários episódios acontecem pouquíssimas coisas e os protagonistas estão sendo constantemente sacrificados para dar tempo de tela para um casal secundário. Você pensa que o casal secundário tem mais química, mas a verdade é que a tesoura passada no enredo dos protagonistas favoreceu o casal secundário.
1h de episódio parece ter 2h por conta da narrativa lenta e personagens detestáveis. Geralmente, eu gosto de personagens arrogantes e que possam vir ser detestados pelo público geral, mas dessa vez, nem eu consigo defender. Eu fui com muita expectativa e esperava muito mais do que isso que assisti. ShangJue não me conquista, e ele trata Qian tão mal que mesmo tendo mais cenas do que Ziyu e Weishan, não consegui shippar e não sou emocionada o suficiente para aceitar tão pouco e me satisfazer.
É uma produção visivelmente cara, com cenários, figurinos e trilha sonora lindíssimos sendo desperdiçados com um enredo que me serviu como um ótimo remédio para insônia.
Sobre atuações, Yu Shuxin entrega exatamente o que eu esperava dela (além de beleza excessiva que me distraiu em algumas cenas), um show de carisma e, principalmente, talento visceral e natural em uma personagem que eu gostaria de pegar na mãozinha e levar para uma sessão de terapia e psiquiatra para receber uma receita de fluoxetina. Yu Shuxin (apesar do que tentaram fazer) brilha e mostra que ela tem cacife para interpretar qualquer personagem que ela quiser. Amei a personagem dela e o pouco da história dela e do Ziyu que me foi mostrada. Zhang Linghe não é dos meus atores favoritos, mas criei um carinho especial por Ziyu e a maneira que ele foi interpretado porque me despertou empatia. Cheng Lei foi... alguma coisa, mas deve ser porque o personagem dele me deu desgosto de assistir com aquela personalidade arrogante e que me fez desejar que ele fosse feito de bobo o drama todo. Lu Yuxiao é ótima, não foi culpa dela o que aconteceu, e eu gostei da relação oportunista e de gato e rato que Weishan e Qian estavam levando. As atuações foram boas e satisfatórias.
O drama tinha muito potencial, se o diretor e roteirista não tivesse decidido que era uma boa ideia sacrificar dois atores com nomes pesados na C-ent em prol de secundários. É típico dele, e eu espero que ele aprenda a equilibrar seus desejos para que o enredo não seja picotado da forma que foi, que ele consiga fazer enredos mais fluídos e saiba aproveitar todos os atores presentes em seu trabalho.
Por fim, deveriam fazer um apelo para que GJM pare de escalar atores de tráfego para obter views e então boicotar para dar tempo de tela para quem ele realmente queria como protagonistas. Digo isso porque ele faz isso em todo trabalho dele, e é aborrecedor.
Não assistiria de novo. Fui movida pela minha força de vontade (e Yu Shuxin). Talvez, eu coloque na minha TV quando quiser sentir sono.
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Não chame de Mudeok, Jin Bu-yeon ou Naksu: ela escolheu ser Cho Yeong.
Antes de tudo, muitas pessoas precisam redefinir em seu conceito o que é ser uma personagem feminina forte, de personalidade forte. Alguém de personalidade forte não é alguém desnecessariamente rude, egoísta e mau-humorado. A personagem feminina não precisa lutar fisicamente com uma espada para ser forte. A personagem feminina pode ser gentil, razoável, delicada e sensível, e ainda ser forte porque a força está ligado a nossa vontade e a como nos portamos mediante as adversidades da vida. Temos mania de desprezar tudo o que é predominantemente feminino.Não vou ficar de papo torto sobre a "troca" de atrizes. Não houve trocas. Go Younjung foi creditada em todos os episódios da parte 1, ela narrava os pensamentos e monólogos internos da Mudeok/Naksu. Ela era a Naksu em seu verdadeiro corpo. Na parte 2, ela é a protagonista em alma e em corpo, enquanto na Parte 1, era só a protagonista em alma. Aceite você isso ou não, o papel era dela, e é claro que ela voltaria para ele porque a série chama Alquimia das Almas.
De cara, temos um time skip de três anos. Tudo mudou, afinal, foram três anos, não três dias ou três meses. O roteiro escolhe assumir de vez os tons sombrios que começou a assumir a partir do episódio 17 da primeira temporada. E foi uma escolha ousada e interessante porque quem gostava do humor pastelão da primeira temporada, fica chocado com a mudança de tom da parte 2. Não é ruim. Mas dessa vez, temos nossa tela mais escura, um Jang Uk com depressivo, traumatizado e com ambições suicidas, e uma Naksu/Cho Yeong livre de seu ódio assassino e livre para ser quem ela realmente é.
O que temos nesse começo, é uma jovem mulher por volta de seus 28 anos, trancada em um anexo em Jinyowon por três anos. Ela não tem memórias, ela não vê o mundo desde que acordou de uma doença misteriosa. É uma jovem mulher curiosa, ousada e direta, mas também delicada e gentil. A abordagem usada para a protagonista dessa segunda parte, é interessante.
As pessoas costumam desprezar o enredo de amnésia, mas aqui, eu defendo com unhas e dentes a existência desse plot. Aquela Naksu rancorosa e detestável que temos na Parte 1, seria um atrapalho de vida para um Jang Uk ambicionando morrer. A personalidade de twitteira cronicamente online que não conseguia demonstrar afeto sem se sentir estranha e mandava Uk morrer por 20 episódios, não seria bem vinda. Ao invés disso, As irmãs Hong fazem a escolha de trazer Cho Yeong. Não posso dizer que ela fica melhor na inteligência comparada a parte 1, nem que ela fica menos maluca ou que ela tem menos ideias que podem acabar sendo perigosas, mas, pelo menos, Cho Yeong se torna uma mulher que sabe equilibrar o egoísmo enraizado em seu ser, com uma gentileza intrínseca. Essa gentileza só é possível existir porque ela tem amnésia e não está ocupada remoendo o fato de que se apaixonou pelo filho de uma das famílias que destruiu a vida dela juntamente com o vilão Jin Mu. Jang Uk precisava de Cho Yeong. Ele não precisava da teatral Mudeok ou da assassina magistral, Naksu. Ele precisava da insistente, gentil e um pouco arrogante Cho Yeong, que não teria vergonha de consolar, lutar por ele ou afugentar os fantasmas da Pedra de Gelo. O roteiro faz uma escolha arriscada e que desagradou uma parte do público, mas que também já estava definida como a verdadeira personalidade de Naksu desde meados do episódio 15 da parte 1. Sim, vocês acreditam que essa personalidade da parte 2, já estava presente na parte 1? Eu não mudaria o enredo de amnésia, lamento por quem tem repulsa por esse tipo de enredo, aqui, com o protagonista querendo morrer, foi necessário.
A parte 2 se chama "Alquimia das Almas: Luz & Sombras", e aqui, temos o foco no romance, uma química explosiva, absurda e rara entre Lee Jaewook e Go Younjung. As irmãs Hong decide nos levar para um lado que não nos foi exatamente preparado para ver na parte 1, e é por isso que tiro pontos em enredo da Parte 1, mas não tiro da parte 2. Infelizmente, os problemas da Parte 2, são gerados pela Parte 1 e não pelo enredo em si da Parte 2. Enquanto a S1 precisava de ter menos episódios, ser mais compacta e focar mais em background da Naksu, Jin Seolran e do Pássaro de Fogo para ser mais fluída, a S2 tem problemas causados por ter poucos episódios. O ideal era que fosse um formato 15/15 para as duas temporadas e tudo seria resolvido.
Por ser poucos episódios, o enredo é o desenvolvimento do romance entre um Jang Uk tentando superar seu luto e uma Cho Yeong sem memórias, mas que faz uso de sua memória muscular para voltar a amar exatamente quem amava antes. O Pássaro de Fogo e Jin Seolran que deveriam ser desenvolvidos na Parte 1, para podermos focar no romance bonito se desenvolvendo, aparece do nada e a batalha final é sem graça (ainda bem que o foco da parte 2 é romance, afinal ou seria decepcionante lol). Jin Mu como vilão também deixa de impressionar e se torna realmente detestável. Temos pouco tempo com a batalha final e Cho Yeong com suas memórias.
O romance entre Uk e Cho Yeong é agridoce. Jang Uk tenta lutar contra o surgimento de sentimentos por uma mulher que ele não sabe que é Naksu, mas não consegue e acaba descontando isso sendo um tremendo imbecil. Ao mesmo tempo, ele não consegue deixar para lá. Ele afasta e puxa Yeong de volta porque não consegue ficar longe e impedir de querer protegê-la a qualquer custo enquanto se convence de que ainda quer morrer. Não foi um caminho fácil, mas devido as circunstâncias, aceitável. Eu entendo as escolhas das Irmãs Hong sobre esse romance.
Se o enredo de amnésia não existisse aqui, então a sensação de inevitabilidade de amar sua alma gêmea, também não iria existir. O roteiro é delicado. Ele nos lembra que Jang Uk e Naksu são destinados, são Luz e Sombra. (E Cho Yeong não é a Luz, ela é a Sombra e sempre será).
Um ponto elogiável, é o fato das irmãs Hong terem elevado o patamar das declarações amorosas de kdramas. Nenhum bate, todas as declarações da parte 2 são tocantes e de fazer um ser de coração gelado, lacrimejar. Jane Austen provavelmente gostaria de escrever a declaração sobre o braseiro no Verão.
Go Younjung e Lee Jaewook não só nos entrega química rara, também entregam atuação de qualidade e impecável. Go Younjung vive em uma linha tênue entre ser a delicada Cho Yeong, mas mudar completamente a expressão do rosto, dos olhos e a postura quando a protagonista lembra da verdadeira identidade (e consequentemente, ela fica depressiva, chora por três episódios seguidos e se culpa por ter assassinado o amor da vida dela, mas ainda tem gente que acharia uma boa ideia ela voltar a lutar fisicamente e ser uma assassina por capricho). Lee Jaewook entrega a mudança do personagem com louvor. O ator do Seo Yul é o que faz descer a nota de atuação porque ele ainda continua tão ruim em sua atuação quanto na parte 1, enquanto todo mundo se mantém em uma linha estável de qualidade.
Os figurinos, fotografia e cenografia estão mais bonitos na parte 2. A trilha sonora, finalmente compõe o ambiente, não só nos faz perceber que é uma cena romântica como na parte 1.
Eu gosto mais da parte 2, de uma forma geral. A condução do romance, da química, da direção é extravagante, combina com o roteiro e nos ofereceu uma das cenas mais bonitas de kdramas (a dos vagalumes e o casamento, eu digo).
A parte 2 é incompreendida e injustiçada por uma parcela de pessoas que não entendem que a troca de atrizes nunca existiu.
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Quem acredita sempre alcança... em vários casos.
Antes de tudo, é o meu kdrama favorito. Não, não vou dar uma nota 10, por mais obcecada e fascinada que eu seja por ele.O drama começa com um primeiro episódio dando uma introdução icônica e sempre lembrada da protagonista, a Assassina das Sombras, Naksu (Go Younjung). Aquele gosto doce de fantasia, ver uma personagem feminina lutando com maestria. É doce. É o tipo de fantasia que vai nos levar para uma outra dimensão de cara (se você for um grande apreciador do gênero). Mas a adrenalina da melhor introdução de personagem já feita, acaba aí.
Quando a protagonista troca de corpo com uma desconhecida de corpo frágil, e que não foi a escolhida por ela, temos uma sequência divertida de reclamações de alguém que já foi poderosa e agora tem que conviver sem seus feitiços poderosos. É divertido, mas o problema disso tudo, é que demoramos cerca dos 7 primeiros episódios nos arrastando no enredo principal. Informações que poderiam ter sido dadas no mesmo episódio e de forma objetiva, levam vários episódios com informações picotadas (prejudicial para um público que apresenta problemas em conectar fios). Nesse início, depois dos primeiros 25 minutos do primeiro episódio, o telespectador precisa ter paciência e aceitar a narrativa escolhida para Alquimia das Almas.
O Worldbuilding é bem construído para compensar a lentidão daquele começo porque quando passa da parte de introdução ao universo de Daeho, as coisas fluem tão cristalinas quanto a água, e você não sente o tempo passar.
Causa fascínio assistir a construção inicial de Daeho, ser entrelaçado com o enredo dos protagonistas e dos outros personagens. Mal tem furos quanto a parte sistemática da magia do universo de Daeho.
O protagonista tem uma ótima personalidade calorosa, e de cara, ele se encanta pela única mulher que ele deveria ficar longe em sua vida (ela é uma assassina, mas ele não liga). É um filhotinho de cachorro sendo ensinado a dar a patada. O jeito que ele trata Naksu (me recuso a chamar de Mudeok, não vou participar da retaliação da personagem), é bonitinho. Ele é teimoso, mas preguiçoso.
Quanto a Naksu/Mudeok (Jung Somin), a trajetória da personagem não é sobre poderes, o que pode ser decepcionante para alguns, mas a protagonista-vilã nos desperta empatia por ter sido forjada daquela forma, usada e então descartada. Enquanto a trajetória de Jang Uk é sobre evoluir seus poderes, a trajetória de Naksu/Mudeok, é sobre a humanização de seu caráter. Vemos uma pessoa implacável, fria e reclamona nos primeiros episódios, mas lentamente ela vai suavizando suas características, até perceber que permitiu Uk entrar até ela se apaixonar. E isso é feito de forma sutil, bonita e delicada. As irmãs Hong impressionam quando nos entrega uma vilã como protagonista que começa a ter seu arco de redenção de forma bem feita. Não foi jogado na nossa cara uma história triste logo de primeira, mas nossa empatia por ela é construída aos poucos, nos mostrando seu passado como uma garotinha de 5 anos que perdeu tudo.
A trajetória indivual dos protagonistas, é satisfatória, assim como o worldbuilding e os arcos, mas minha nota 8.5 é para mostrar que ela também tem defeitos.
Alquimia das Almas Parte 1 não precisava de 20 episódios para falar sobre Jang Uk treinando. Se iam usar a ferramenta de genialidade e Estrela do Rei para justificar Uk aprender tudo muito rápido, então não precisávamos ter perdido tanto tempo nesse plot. Ele era preguiçoso, e o esforço mínimo dele era sempre o máximo e estava tudo bem porque ele é a Estrela do Rei.
Alquimia das Almas parte 1 não precisava de 20 episódios por motivo nenhum. Se tivessem compactado informações e deletados alguns arcos e cenas desnecessárias, entregaria algo de alta qualidade e que não me daria a sensação de que determinados episódios estavam ali como fillers. 15 episódios para essa temporada era mais do que o suficiente. O triângulo amoroso também é repulsivo, e eu sinto muito para as Team Seo Yul que vão ler isso, mas o enredo deixa claro que sempre foi o Uk. O tempo usado para determinadas coisas, deveria ter sido usada para dar background decente para Jin Seolran, e a ponte para o enredo da parte 2. Deveriam ter colocado mais flashbacks da protagonista sendo uma assassina, não apenas nos falando (particularmente, nesse caso, prefiro que usem a ferramenta do "mostrem, não falem"). Se tivessem feito tudo isso, teria sanado os problemas que geraram na parte 2.
O elenco foi constituídos por pessoas novas na k-ent - com exceção de Jung Somin -, mas todos surpreendentemente talentosos. A nota 7.5 é por causa da exceção dos "talentosos entre os atores novatos". O ator do Seo Yul iria permanecer com a mesma expressão, se alguém gritasse que o cabelo dele estava pegando fogo. Ele não pode atuar nem mesmo pela vida dele. Jung Somin, para uma veterana, me causa um pouco de incômodo porque ela não é o tipo de atriz que costumo apreciar a atuação. Ela foi muito bem nos primeiros 13 episódios, entregou um momento lindo no episódio da carta de amor, mas depois parece que perdeu a mão nas expressões caricatas para uma personagem assassina e que basicamente não teve alegria nenhuma na vida, além de um jovem recém saído da adolescência que ficaria de barriga pra cima e abanaria o rabo se ela pedisse (não é um defeito Uk ser assim. É fofo.).
Alquimia das Almas parte 1 mal tem romance, e as cenas que tem, ficaram devendo. A química romântica entre Jung Somin e Lee Jaewook é morna, mas compensou na química para a dinâmica proposta na parte 1 entre Mestra e Pupilo, que não tem nada a reclamar (ao contrário da romântica).
A trilha sonora carregou as cenas românticas nas costas. O drama é muito bem dirigido, a cenografia é espetacular e de tirar o fôlego. O enredo te fascina e prende até o fim depois que resiste ao começo lento. Atualmente, só não assistiria de novo porque assisti 7 vezes e tem 20 episódios de 1h20min, é muito longo.
Reconhecendo seus defeitos e qualidades, com altos e baixos no seu enredo, as irmãs Hong ainda conseguem entregar uma fantasia de alta qualidade que dá uma surra em várias séries de fantasia ocidental.
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